Durante o Último Máximo Glacial (UMG), há cerca de 20.000 anos, o giro subtropical do Oceano Atlântico Norte (GSTE) era muito mais profundo e forte do que é hoje. Um giro é um grande sistema de correntes oceânicas rotativas. Hoje, o GSTE atinge profundidades de cerca de 1 quilômetro, mas durante a era do gelo, ele se estendia até 2,0-2,5 quilômetros. Isso se deveu a ventos mais fortes e temperaturas mais frias, que fizeram com que mais água afundasse e criasse massas de água mais densas.
Cientistas descobriram isso estudando pequenos organismos chamados foraminíferos, que viviam no oceano e deixaram fósseis no fundo do mar. Ao analisar os isótopos de oxigênio nesses fósseis, os cientistas puderam determinar as temperaturas passadas da água e a profundidade do giro. Eles descobriram que o GSTE, incluindo a poderosa Corrente do Golfo, não só era mais profundo, mas também transportava mais água durante a era do gelo.
Essas descobertas são importantes porque ajudam a entender como as correntes oceânicas mudaram ao longo do tempo e como elas afetam o clima. O giro mais profundo e forte desempenhou um papel crucial na movimentação de calor dos trópicos para latitudes mais altas, o que impactou os padrões climáticos globais. Esta pesquisa também ajuda os cientistas a melhorar seus modelos climáticos, tornando as previsões sobre as mudanças climáticas futuras mais precisas.
O giro subtropical do Atlântico Norte era muito mais intenso durante a última era do gelo, impulsionado por ventos mais fortes e condições mais frias, o que teve efeitos significativos na circulação oceânica global e no clima.